As Aventuras de um Arquiteto Amazonense em Manaus
Introdução.
Caros amigos,
Quando criei meu perfil nesta simpática rede (Facebook), além do desejo de confraternizar com amigos, parentes, aderentes e "sumidos" de uma maneira geral, eu tinha algumas intensões íntimas que não tem nada a ver com colecionar seguidores ou "likes", fazer amigos, influenciar pessoas ou "fazer a cabeça" de quem quer que seja.
Além de algumas regras básicas de educação e civilidade, me impus alguns procedimentos, tais como o de não compartilhar, sob nenhuma hipótese, textos e notícia com informações fornecidas por terceiros ou quartos, com exceção de minhas lindinhas e alguns lindões. A gente nunca sabe as intenções explícitas ou implícitas das fontes, sejam elas a favor, contra, ou muito pelo contrário, sobre qualquer coisa.
Minha intensão inicial seria a de utilizar este perfil para registrar o que vai pelo meu "aquele": pensamentos e sentimentos com relação ao que nos cerca, além de textos e ensaios acumulada nos vinte anos como professor de Conforto Ambiental e Planejamento Urbano no curso de arquitetura da Universidade Nilton Lins. Essas disciplinas me permitiram estudar os problemas urbanos de uma maneira geral e dessa parte do nosso Bananal em particular, e as consequências decorrentes das mudanças climáticas na nossa cidade e em nossas vidas. As opiniões sobre política e políticos veem das décadas de convívio, observação e eventuais participações em mais de uma administração públicas.
Arquitetura, urbanismo e arte é de lei para um arquiteto, mas, música, cinema, política, filosofia, religião & mitologia, economia e energia (sou pós-graduado em sistemas energéticos) são algumas de minhas paixões e estão no cardápio dos textos a serem publicados futuramente. No entanto, muitas outras coisas podem pintar por aí, afinal, como disse Millôr Fernandes: "livre pensar é só pensar".
No entanto, considerando que após as eleições fui xingado por muitos de meus amigos e amigas da rede por ter votado no Lula (fui chamado de otário pra baixo, entre "otras cositas más"), e, por terem sido postadas por pessoas de quem gosto e respeito, e que vou continuar gostando e respeitando, comecei a duvidar do bom funcionamento do meu "aquele". Fui obrigado, então, a refletir sobre essa importante e polarizada decisão.
Como nunca fui PT ou eleitor do Lula (no primeiro turno votei no Ciro Gomes, único candidato que tinha um plano de governo abrangente e coerente, os outros só demonstraram ter tão somente planos de poder, no máximo), escolhi, então, esta série de reflexões sobre as razões pelas quais eu não votei no "Capitão" pra iniciar a publicação dos meus pensamentos e sentimentos.
Quero esclarecer que as considerações dos textos que esta primeira série de micro ensaios (que é como eu os vejo), encerra pensamentos que foram formuladas para foro pessoal, não se destina a "catequizar" ou "fazer a cabeça" de ninguém, até porque acho um desrespeito fazê-lo (me sentiria mal, colonizando outras pessoas); destinam-se tão somente a ordenar minhas próprias ideias não estando, portanto, sujeitas a discussão ou qualquer tipo de reconsideração; razão pelas quais desativei os comentários e a possibilidade de compartilhamento.
A publicação desses pensamentos destina-se a pessoas que pensam como eu saberem que não estão sozinhas. Por favor não gastem seus respectivos e preciosíssimos tempos com argumentos contra, a favor ou contextuais do que vou apresentar; afinal, como disse aí em cima, é um registro das reflexões do meu "aquele".
Os "textículos" que serão publicados, um por dia a partir de amanhã, são reflexões pessoais que gostaria de compartilhar com quem se der ao trabalho de lê-los, confissões, por assim dizer, que, como tal, não estão sujeitos a reconsideração; assim como não espero, ou desejo, nenhuma conversão dos que apoiaram o Messias. Somos o que somos, aceitemo-nos com paz e respeito.
É claro, caríssimas amigas e amigos, reconheço o direito de todos e cada um de vocês de declararem que o rato que foi eleito não os representa; aceito sem reservas que você prefira o outro rato, aquele que é racista, nazista, a favor da tortura, de metralhar seus adversários, acredita que as mulheres são seres inferiores e que a academia é um ambiente cheio de comunistas e maconheiros, entre outras pérolas que são, todas, de domínio público.
As informações e fatos relatados nos textos foram colhidos na imprensa formal, principalmente nos canais de notícias e revistas que os bolsonarianos chamam de "imprensa lixo" - CNN, Bandeirantes e Globo e das revistas Veja, Isto É e Times, além de jornais como o Le Monde e El País, além de algumas agências de notícias internacionais, principalmente a DW alemã. Informações essas que, diga-se de passagem, nunca foram contestadas formalmente na justiça pelo estabelecimento governamental de então, como sempre foi seu direito, preferindo fazer uso de meios e canais alternativos de comunicação, sempre extra oficialmente, ou seja, aceitas como verdadeiras.
No entanto, há os que preferem se informar nos noticiosos do SBT (que teve um esquema para beneficiar o governo derrotado nas eleições do ano passado denunciado publicamente há algumas semanas passadas), ou da Jovem Pan, que, desde o inicio do ano demitiu muitos de seus apresentadores por deslavada tendenciosidade de seus comentários. Eu, pessoalmente, prefiro os comentários do Lourival Santana da CNN, do Reinaldo Azevedo da Bandeirantes e do Guedinho e Gerson Camarotti da Globo. Reconheço, no entanto, que os partidários de "Cavalão" (mimosa alcunha do "capitão" quando ainda era capitão) prefiram os comentários "imparciais" do Alexandre Garcia, demitido de todos os órgãos de imprensa por onde passou e que, atualmente está restrito a canais nanicos ditos alternativos das redes sociais desde que "denunciou" a responsabilidade de prefeituras governadas pelo PT pelas primeiras enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, ao autorizar a abertura das comportas de represas e barragens que, vejam só, não tinham comportas.
Até o filho "número dois" teve que se render à certas evidências factuais ao tirar das redes sociais uma postagem do início do ano passado onde o dito cujo relacionou uma série de índices e informações econômicas e sociais do governo do "capo da famiglia", que tinha como objetivo comparar com o desejado "fracasso" do governo eleito, que ao se mostrarem totalmente equivocados o expos ao ridículo ao não se cumprirem. A vida é assim mesmo: aqui se fala e aqui cala.
Devo confessar, do fundo do meu âmago, a total falência do meu "aquele" quanto à compreensão de alguns fatos e fenômenos bolsonarianos acontecidos e testemunhado por todos nós nas redes sociais, com especial atenção ao Face book, que é onde eu saçarico. O mais misterioso desses fatos e fenômenos é, sem dúvidas, o apoio que algumas pessoas bem formadas e informadas do nosso Bananal deram ao governo do "Centauro".
Esta primeira série de micro ensaios dá obvio destaque a minha perplexidade ante a atual situação política do nosso Bananal, onde o ódio e o rancor prevalecem, e o constante embate entre uma direita radical e uma esquerda démodé prevalecem.
Livre Pensar